Empresa e sua Longevidade. Afinal, o que é ser uma empresa longeva ?

Empresas Longevas tem ações específicas para sobreviver no longo prazo, visando ao Desenvolvimento Estratégico Sustentado. 

No mundo de hoje, em que a velocidade crescente das mudanças é o padrão existente, o caminho para a competitividade e longevidade sustentável, deve ser entendido e aplicado pela organização e seus líderes. 

Características de empresas longevas: 

·     Capacidade de adaptação, adequando sua estrutura interna com as transformações frequentes vindas do ambiente externo.

·     São coesas e com senso de Identidade – Criam e desenvolvem comunidades internas coesas que visem uma identidade com o consumidor, os profissionais da empresa, isso fortalece laços em momentos de crise.

·     Tem resiliência as mudanças descobrindo novos caminhos, desenvolvendo negócios futuros.

·     Empresas antenadas mudam várias vezes suas rotas e negócios, com um olhar para futuro sem perder o foco no presente. 

Podemos citar ainda, transformação tecnológica, competência técnica, cultura voltada aos valores, ética, sustentabilidade e responsabilidade social, Ambiental, Social e Governança (ESG) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

As empresas modernas  sabem que para estar num patamar longevo, as pessoas são seu capital mais importante. Criatividade, Inovação tornam o ambiente produtivo , com resultados e uma vantagem competitiva.

Equipes e lideranças diversas contribuem para empresas longevas.

Um ambiente diverso , incluso, com um desenvolvimento de aprendizagem, uma cultura organizacional que possibilite a experimentação e a troca de experiências e conhecimentos entre pessoas e as diferentes gerações possibilita a melhoria da mudança no nível de desempenho e competitividade organizacional. 

As empresas precisam se preparar para absorver e manter os empregados 50+. Sabemos que a diversidade geracional melhora o desempenho corporativo, para que os empregadores possam aproveitar muito a criação de um ambiente de trabalho com a inclusão de todas as idades. Segundo um estudo alemão descrito no Journal of Management com 147 empresas, constataram maiores taxas de produtividade e retenção de funcionários, bem como maiores projeções de lucros e crescimento entre empresas com uma mistura de funcionários de várias idades.

Segundo Bradley  Schurman com essa diversidade geracional, ” as empresas precisarão mudar suas estratégias para competir por talentos de todas as idades com melhores salários e novos benefícios, aumentar sua força de trabalho com tecnologias, apoiar a vida de seus trabalhadores fora do escritório e se concentrar em prolongar a vida profissional de todos os funcionários por meio da ergonomia e design inclusivo”. 

As áreas de Gestão com Pessoas das empresas, precisam se adaptar as novas formas de recrutamento, como desconstruir o olhar com o viés do preconceito de que os mais velhos são analfabetos tecnologicamente e que sua vida profissional será mais curta e que quem tem muito tempo de formado  estão desatualizados. De acordo,  com o CareerBuilder, ao longo de suas vidas profissionais, os baby boomers passam 1,5 vezes mais em um emprego do que a Geração X e cerca de três vezes mais do que os millennials. 

Segundo Bradley Schurman,  os formuladores de políticas também têm um papel e precisarão adaptar os atuais programas de bem-estar social para prolongar a vida profissional, bem como fornecer subsídios para a aprendizagem ao longo da vida. Eles devem oferecer informações e incentivos que motivem os empregadores a contratar um conjunto diversificado de gerações no local de trabalho.

Os empregadores podem não ter escolha a não ser abraçar mudanças quando se trata de uma força de trabalho mais velha. Espera-se que a taxa de participação da força de trabalho para pessoas com mais de 75 anos cresça quase 100% até 2030, de acordo com o BLS. Em contraste, a força de trabalho total só se expandirá em cerca de 5%, e a faixa etária de 16 a 24 anos provavelmente diminuirá, graças a décadas de contração de taxas de natalidade. 

Segundo  pesquisas da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico os países que dão aos idosos maiores oportunidades de trabalhar podem aumentar seu PIB em até 19% nas próximas três décadas.

É a primeira vez na história que misturamos várias gerações  no ambiente profissional , estamos aprendendo , estamos trocando o pneu com o carro em movimento”

É  e por isso que  empresas longevas, deverão mudar estratégias , precisamos de profissionais 50+  agora mais do que nunca.

Fonte: Artigos de Bradley Schurman , futurista demográfico e especialista em longevidade e autor de The Super Age: Decoding our Demographic Destiny (HarperCollins). Fundador e CEO da The Super Age, uma empresa global de pesquisa e consultoria.